Funcionários do clube municipal de Emerainville, leste da França, proibiram uma mulher de 30 anos de entrar na piscina vestida com um "burkini", traje de banho islâmico que cobre o corpo dos pés à cabeça, indicaram nesta quarta-feira responsáveis locais.
"Ela veio uma vez nadar com este traje de banho islâmico. Mas, na segunda vez, em 27 de junho, os funcionários da piscina a proibiram de nadar e lembraram-na do regulamento em vigor em todas as piscinas, que proíbe banho com roupa", explicou à AFP Daniel Guillaume, vice-presidente do estabelecimento.
Segundo Guillaume, "ela e uma outra mulher quiseram apresentar uma queixa, mas foram impedidas".
A promotoria da cidade de Meaux não recebeu nenhuma ação, indicaram fontes judiciais.
O prefeito de Emerainville, Alain Kelyor, da governante União para um Movimento Popular (UMP, direita) afirmou que "isso não tem nada a ver com o Islã, pois o regulamento das piscinas proíbe nadar de roupa por questões de higiene".
"Não é um traje de banho islâmico, pois este tio de maiô não existe no Corão", acrescentou.
De acordo com o jornal francês Le Parisien, a mulher, francesa de origem e convertida ao islamismo desde os 17 anos, comprou seu "burkini" durante uma viagem a Dubai. "Burkini" é a contração das palavras "burqa" e "bikini".
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